Foram dois dias de intenso
trabalho e partilha de desafios e preocupações em que a APCEP teve a
oportunidade de se fazer representar, possibilitando (re)conhecer potenciais
parceiros para projectos futuros e criar redes de reflexão.
Assuntos estatutários
Durante o primeiro dia, na
assembleia geral, foi eleita uma nova direcção para o biénio 2017-2019, tendo a
APCEP pela primeira vez nomeado uma candidata, Susana Pinto Oliveira, da Escola
Profissional Amar Terra Verde e também do Conselho Executivo da APCEP, eleita
com o número máximo de votos possíveis por parte desta assembleia. Fica assim
assegurada a intervenção portuguesa nesta associação europeia.
A excelência na Educação de Adultos, prémio para Portugal
Este dia terminou com a
atribuição dos Grundtvig Awards, o prémio anual atribuído pela EAEA aos
projectos/ iniciativas que marcam a excelência na Educação de Adultos. Como já
fizemos menção noutro artigo, o prémio da categoria de projectos nacionais foi
atribuído ao Letras Prá Vida, iniciativa desenvolvida na região de Coimbra por
um grupo de associados da APCEP e que contou com o apoio da nossa associação
para a sua candidatura ao prémio.
Trazer novos aprendentes para percursos de educação
No segundo dia, os cerca de 120
participantes discutiram e abordaram práticas integradoras de novos públicos.
Histórias inspiradoras, vindas na voz dos próprios:
Christina Omideyi, que fundou a Fundação OK no Reino Unido, para ajudar
as pessoas desfavorecidas em Londres, foi um dos exemplos, mas outras histórias
se seguiram. Monika Tröster da Alemanha apresentou o projeto Curve sobre literacia financeira numa
oficina que discutiu o tema de adultos com baixas competências básicas. O
projeto desenvolveu um modelo de competência de literacia financeira.
Paul Holdsworth, Líder da Equipa
dedicada às competências para Adultos na DG de Emprego da Comissão Europeia,
apresentou as políticas de educação e competências de adultos que pretendem
alcançar adultos que ainda não foram abrangidos por outras políticas da CE. Reconheceu
os amplos benefícios que a educação de adultos tem tanto para os indivíduos
como para a sociedade:
"Adaptabilidade, inclusão
social, melhor saúde e bem-estar do ponto de vista individual e, por exemplo,
crescimento económico, coesão social e vida democrática mais forte do ponto de
vista das sociedades", resumiu durante a sua apresentação.
Enfatizou, igualmente, a
importância de oportunidades de aprendizagem flexíveis, considerando as
especificidades de cada indivíduo:
"A aprendizagem deve ser
flexível e adaptada às necessidades das pessoas", disse ele, referindo-se
também à Resolução do Conselho Europeu sobre a Agenda da UE para a Aprendizagem
de Adultos (2011).
A EAEA tem actualmente 142
membros em 44 países diferentes e é a maior voz da Educação não Formal de
Adultos na Europa. É membro do ICAE- International Council for Adult Education
e da Lifelong Learning Platform, ambas associações representativas do sector a
nível mundial.
Foto: EAEA