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Década de 2007-2016: Uma tendência muito positiva na participação dos adultos portugueses em Educação, Formação e Aprendizagem
 
A julgar pelos números registados no Inquérito à Educação e Formação de Adultos (IEFA), da responsabilidade do Instituto Nacional de Estatística, Portugal, embora sem se aproximar dos países de vanguarda neste domínio, atingiu níveis muito significativos relativamente ao acesso à educação e formação por parte da população adulta, apesar de um lastimável interregno de 4 anos durante esse período.
 
Em 2016, mais de metade da população (50,2%), entre 18 e 64 anos, participou em actividades de aprendizagem ao longo da vida. Foram 2, 1 milhões em 2007 e 3,2 milhões em 2011.

Com efeito, nesta década, a taxa de participação em actividades de aprendizagem ao longo da vida (ALV) aumentou cerca de 20%, particularmente devido ao aumento da participação em educação não formal, que duplicou entre 2007 e 2016 (23,1% e 45,2%, respectivamente). Quanto à participação em educação formal, depois de um aumento entre 2007 e 2011, registou um decréscimo até 2016. 

O Inquérito também constatou que a participação da população adulta em actividades de educação informal se generalizou, tendo mais que duplicado no referido período: 5,7 milhões de adultos foram alcançados por esta modalidade (contra 2,8 milhões em 2007).

Portugal foi mesmo o país da União Europeia em que mais aumentou a participação em ALV desde 2007.

É um facto que a participação em ALV aumenta com a escolaridade, mas os maiores aumentos da década estudada observaram-se entre quem tinha níveis de escolaridade mais baixos. 

O Inquérito comprovou ainda que 71,8% da população adulta (91,6% para os 18-24 anos) afirmam conhecer pelo menos uma língua estrangeira, tendo esta proporção aumentado 19,8% face a 2007. Neste último ano, esse valor era de 52% e em 2011 de 61,3%. O inglês era a língua estrangeira mais conhecida (por 59,6%), seguindo-se o francês (21,5%) e o espanhol (14,8%). Em 2016, Portugal ocupava uma posição intermédia no conjunto dos países europeus em termos de conhecimento de línguas estrangeiras: longe dos países com posições cimeiras (Suécia, 96,6%; Letónia, 95,7%, Lituânia, 95,6%, Luxemburgo, 95,7%), mas muito acima dos países com níveis mais baixos, como a Bulgária (49,5%) ou a Roménia (35,8%). Portugal foi o país que mais aumentou esta proporção dentro da década registada.

Os resultados evidenciam a relação positiva dos prémios salariais com o nível de escolaridade completo. Entre 2007 e 2016, verifica-se um acréscimo dos prémios salariais em todos os níveis de ensino, com excepção do ensino superior. Por comparação com a não participação, participar em actividades de educação não formal contribui também para acréscimos salariais. 

A taxa de não participação em qualquer actividade de educação, formação e aprendizagem – formal, não formal ou informal - diminuiu 40% na década observada: em 2007, os não participantes eram 48,2% da população dos 18 aos 24 anos, reduzindo-se para 8,2% em 2016. A redução da participação foi mais expressiva nos mais velhos, nos menos escolarizados e nos inactivos não estudantes (que diminuíram a não participação em 53,2%, 59,2% e 52,5%, respectivamente).

Em termos geográficos, a não participação foi mais elevada, em 2007, nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, mas em 2016 passa a ser o Alentejo a região que regista o nível mais elevado (15,7%).

Os principais obstáculos apresentados à participação em actividades de educação, formação e aprendizagem foram o horário (28,9%), os custos (17,2%) e as responsabilidades familiares (13,7%). 

Os resultados evidenciam, ainda, uma associação entre o nível de escolaridade dos pais e dos filhos – transmissão intergeracional da educação – particularmente forte no caso das mães.  
 
 
 



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