Por outro lado, o Parlamento Europeu está a trabalhar
na revisão do ERASMUS+ e a cooperação entre a EAEA e um grande número de
eurodeputados tem sido muito bem sucedida, o que permite esperar que propostas
da sociedade civil venham a ser tomadas em consideração e integradas em emendas
a submeter a voto. A EAEA tem também trabalhado estreitamente com o Relator do
Comité do Emprego, pelo que é provável que haja também emendas a levar a cabo
neste campo.
Entretanto, a Direcção-Geral para a Educação e Cultura
(DG EAC) parece ter feito uma curva de 180º na sua orientação política.
Ouviu-se, pela primeira vez desde há muitos anos, um alto funcionário afirmar:
“Sim, nós ainda apoiamos a empregabilidade, mas estamos agora muito mais
concentrados em questões como competências cívicas e coesão social”. Foi o que
aconteceu numa conferência recente da UNESCO. A DG EAC está actualmente a
elaborar as Recomendações do Conselho Europeu sobre Educação Inclusiva, que
deverão ser aprovadas no próximo ano.
A EAEA considera, portanto, que a situação é muito
melhor do que apenas há uns meses atrás, mas há que aguardar que a nova
tendência apresente frutos. De momento, a Agenda Europeia para a Educação de
Adultos, assente nos diferentes Coordenadores Nacionais (como a ANQEP, em
Portugal) é ainda a única estratégia que considera a Educação de Adultos num
sentido abrangente e esta, pelo menos, estará em vigor até 2020.